Sentir é natural. A neurociência mostra que nossas emoções são respostas biológicas: a amígdala cerebral dispara sinais diante de ameaças, o córtex pré-frontal nos ajuda a avaliar riscos, o sistema límbico organiza memórias e dá cor emocional às nossas experiências. Tristeza, alegria, medo, raiva, esperança… tudo isso faz parte da vida e tem uma função.
Mas o que acontece quando os sentimentos parecem maiores do que nós? Quando a tristeza pesa de forma desproporcional ou quando a ansiedade não encontra explicação em nossas vivências atuais? Nesses momentos, surge a pergunta: o que mais pode estar interferindo?
A constelação familiar abre uma lente importante. Muitas vezes, o que sentimos não nasce apenas de nós, mas pode estar ligado a algo invisível que atravessa gerações. Pode ser:
Uma lealdade familiar invisível: repetimos dores, fracassos ou padrões de quem veio antes, por amor inconsciente.
Uma dor adotada: sentimentos que pertenciam a outro membro da família, mas que em nós continuam vivos, como se fossem nossos.
Um fato marcante no passado: traumas, exclusões ou perdas que ficaram sem resolução e que reverberam silenciosamente no sistema familiar.
A neurociência, ao estudar fenômenos como a epigenética e a memória transgeracional, confirma que marcas emocionais profundas podem ser transmitidas entre gerações. Rachel Yehuda, pesquisadora da área, mostra que descendentes de pessoas que viveram grandes traumas apresentam alterações biológicas relacionadas ao estresse, como se a experiência tivesse deixado uma assinatura no corpo.
Isso significa que, quando sentimos um peso inexplicável, pode não ser apenas “nossa tristeza”. Pode ser a voz de uma história maior que pede para ser olhada. E, quando trazemos consciência a esses vínculos invisíveis, encontramos espaço para respirar de novo, acolher o que é nosso e devolver, com respeito, o que não nos pertence.
A saúde mental ganha força quando integramos essas duas dimensões: a neurociência, que explica a base biológica dos sentimentos, e a constelação familiar, que nos lembra da rede de vidas que pulsa em nós. Juntas, elas apontam um caminho: sentir é natural, mas compreender a origem profunda do sentir pode ser vivo.
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